sábado, 15 de fevereiro de 2014

Comissão para Juventude da CNBB realiza cadastro de grupos juvenis no Brasil

A Comissão para a Juventude da CNBB lança projeto para cadastrar todos os grupos juvenis do Brasil. O objetivo é mapear os carismas e as identidades dos grupos de jovens a fim de estreitar relações e facilitar a comunicação. A Juventude Missionária (JM), atividade da Pontifícia Obra da Propagação da Fé (POPF), uma das quatro Pontifícias Obras Missionárias (POM), também adere ao projeto.

O cadastramento possibilitará conhecer melhor a realidade e o trabalho de base da Juventude Missionária. “Presente em todos os estados, o carisma missionário da Obra da Propagação da Fé faz de seus grupos de Juventude Missionária agentes impulsionadores da solidariedade da Igreja”, explica Guilherme Cavalli, secretário nacional da POPF.

O formulário para o cadastramento poderá ser acessado através do link http://www.jovensconectados.org.br/cadastro Cada coordenador de JM deve se responsabilizar pelo cadastro do seu grupo. Tendo feito, deve informar o assessor e o coordenador diocesano da JM. É importante que no campo “Descrição” se especifique que o grupo de Juventude Missionária pertence à Pontifícia Obra da Propagação da Fé, que integra as POM.


FONTE: jmissionaria.blogspot.com.br

Hora Santa Missionária para o ano da IAM

Com.: Queridos irmãos e irmãs. Estamos celebrando o ano da IAM no Brasil. Durante todo este ano a IAM no Brasil nos convida a intensificar nossas orações pelo trabalho missionário que é realizado em todo o mundo. Rezemos hoje por todos os missionários e pelos bilhões de pessoas que ainda não sabem que Jesus é Deus. Cantemos enquanto o Santíssimo Sacramento é exposto para nossa adoração.

Canto: Onde reina o amor, fraterno amor. Onde reina o amor, Deus aí está (repete quantas vezes for necessário; depois vai-se abaixando a voz, até ficar quase um sussurro)

Dir.: Graças e louvores se dêem a todo momento...

T.: Ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento.

Com.: Fiquemos um instante em silêncio, contemplando Aquele que se fez comida para nossa vida eterna. (silêncio de 2 ou 3 minutos)

Com.: Jesus é o grande missionário do Pai. O Filho Único de Deus é enviado em missão. E quando Ele termina sua missão na terra, envia aos seus Apóstolos para continuá-la até o fim dos tempos. Ouçamos.

L 1.: Mt 28,19-20 (após a leitura mais 2 ou 4 minutos em silêncio, para reflexão pessoal)

Dir.: Em alguns países da África os últimos cem anos de atividade missionária foram bem fecundos, atingindo quase 100% da população. Porém, ainda hoje, em muitos lugares os cristãos são minoria absoluta, não chegando a 0,5% da população.

Com.: Também em alguns lugares, como em partes da Índia ou do Iraque, os cristãos são perseguidos por grupos radicais e expulsos de suas casas, sendo obrigados a fugir para as matas ou para as montanhas, onde passam fome. Outros sofrem violência física e as vezes até são mortos por serem cristãos.

T. “No mundo tereis tribulações. Mas tende coragem: eu venci o mundo”, disse Jesus.

Dir.: Aqueles que perseguem ou matam os cristãos fazem isto porque não sabem ainda que Jesus é Deus. Se soubessem, com certeza não perseguiriam os cristãos e se converteriam.

T. “Pai, perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem”

Com.: Hoje, no mundo todo, cerca de 83% da população não sabe que Jesus é Deus. Muitos destes nem sequer ouviu falar em Jesus, apesar de toda tecnologia de informação que temos. É preciso anunciá-lo.

T. “Ai de mim se eu não evangelizar” (1Cor 9,16).

Canto: Antes que te formasses dentro do seio de tua mãe...

Com.: Só Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida. Só Ele pode dar a vida verdadeira para todos os povos. Ouçamos.

L 2.: Jo 10,10b (após a leitura mais 2 ou 3 minutos em silêncio, para reflexão pessoal)

Dir.: Reflexão dirigida (breve homilia - após a reflexão mais 1 ou 2 minutos em silêncio, para reflexão pessoal)

Dir.: Façamos agora nossas preces espontâneas, por nós, por nossa comunidade e pelo mundo inteiro. (Preces espontâneas)

Canto: Maria Mãe dos caminhantes ou Pelas estradas da vida (mais 2 ou 4 minutos em silêncio, para reflexão pessoal)

Benção com o Santíssimo ou conclusão com um Pai Nosso, uma Ave-Maria e um Glória ao Pai

Por Pe. André Luiz de Negreiros
Secretário Nacional da Pontifícia Obra da IAM

FONTE: garotadamissionaria.blogspot.com.br

Mais de 20 mil namorados e noivos estarão com o Papa nesta sexta


O Presidente do Pontifício Conselho para a Família, Dom Vincenzo Paglia, informou que já são mais de 20 mil namorados e noivos os que participarão nesta sexta-feira, 14, Dia de São Valentim, do encontro na Praça de São Pedro em Roma. Indicou também que o evento terminará com uma oração especialmente preparada para a ocasião.
Em declarações à Rádio Vaticano, o prelado comentou que “o sucesso numérico desta iniciativa era absolutamente imprevisível até três semanas atrás, isso é uma prova de que existem jovens perseverantes, que desejam que seu amor dure para sempre e seja abençoado por Deus”.
“Hoje em dia, os casais adiam o casamento até que todos os problemas estejam resolvidos. Na verdade, casa-se para construir o futuro juntos, resolver os problemas juntos, construir a casa para eles e os filhos juntos”, explica.
O arcebispo assinalou logo que “em um mundo ao que podemos chamar líquido – líquido porque os sentimentos vão e vêm, porque no final são sentimentos egocêntricos– o amor quer dizer construção, esforço comum, fadiga. Por isso é importante que a Igreja ponha atenção a este momento da vida, porque é o momento no qual se colocam as bases: se uma casa tiver boas bases resiste às inevitáveis tormentas que cairão ao longo dos anos”.
Dom Paglia disse finalmente que é essencial desenvolver uma boa pastoral familiar e que é fundamental também “superar o sentimentalismo egocêntrico com o verdadeiro amor”.

FONTE: www.jovensconectados.org.br

A partir de pedidos constantes do Papa, comunidade lança campanha de oração pelo pontífice


“Rezem por mim” é o pedido constante do Papa Francisco. É assim que ele termina suas mensagens, intervenções e orações. No dia da eleição protagonizou um gesto comovente: inclinou-se e pediu que em silêncio os presentes na Praça de São Pedro rezassem por ele.
Motivados por esta súplica constante do Pontífice, a Comunidade Católica Shalom mobiliza uma campanha de oração pelo Papa. O nome da iniciativa diz o compromisso de quem adere à ação: “Eu Rezo Pelo Papa”.
Fanpage  criada   no dia 3 de fevereiro já conta com mais de  9 mil curtidas até a conclusão deste texto. Na página, os participantes declaram que rezam pelo  papa e oferecem terços, missas e outras devoções como intercessão pelos trabalhos do pontífice.
Para aderir basta rezar por Francisco e publicar o conteúdo no FacebookTwitter, Instagram com a hashtag #EuRezoPeloPapa. As hashtags também estão disponíveis em mais outras seis línguas: inglês: #IprayForthePope, italiano: #IoPregoPerIlPapa, espanhol: #YoRezoporElPapa, húngaro: #Pápáértimádkozok, francês: #jepriepourlepape, alemão: #IchbetefürdenPapst.
“Queremos motivar as pessoas a rezarem pelo Papa. É uma forma de apoiá-lo em sua missão. Esta é uma iniciativa voltada para todos aqueles que gostam de Francisco”, explicou João Edson Queiroz, membro do Conselho Geral do Shalom e um dos responsáveis pela iniciativa. Ainda segundo Queiroz a meta é que até o final do mês a página chegue a 20 mil  seguidores.
Faz parte da história da Comunidade Católica Shalom o amor, zelo, obediência e intercessão pelos Papas. Foi aos pés do Beato João Paulo II, durante uma celebração eucarística, que Moysés Azevedo, fundador da instituição, ofereceu sua vida pela evangelização dos jovens em 9 de julho de 1980.
Durante o anúncio da renúncia do papa emérito Bento XVI, a comunidade encontrava-se em Retiro de carnaval no ginásio Paulo Sarate, ocasião em que já começaram a rezar pelo novo papa.
Durante o período da Sé Vacante foi orientado para os membros da instituição um tempo especial de oração pela eleição do novo Papa que viria ser o cardeal Bergoglio.
“Rezar pelo papa e suas intenções é um dever nosso como cristão, como ovelhas que são guiadas pelo seu pastoreio”, disse João Edson.
SERVIÇO:
Campanha “Eu Rezo Pelo Papa”.

FONTE: www.jovensconectados.org.br

Hollywood anuncia filme sobre a vida de Madre Teresa de Calcutá


A vida da fundadora das Missionárias da Caridade e Prêmio Nobel da Paz em 1979, Madre Teresa de Calcutá, será levada aos telões através do primeiro longa-metragem autorizado de sua vida a cargo das produtoras de Hollywood, Flame Venturas e Origin Entertainment sob o título em inglês “I Thirst” (Tenho Sede).
O roteirista desta obra cinematográfica é Kier Pearson, candidato ao Oscar por ‘Hotel Ruanda’ (2004), que embarcará em uma viagem por Calcutá, Índia e Tijuana durante o próximo mês para documentar sobre a vida de Madre Teresa e começar a escrever o roteiro.
Um dos produtores, Tony Krantz, assinalou que “não podemos estar mais entusiasmados de fazer este filme sobre uma mulher que lutou pelo compromisso absoluto, a fé, a caridade e o amor”.
Por sua parte o produtor, Jamey Volk, disse que “queremos levar esta historia para uma audiência global” e adicionou que “temos a intenção de começar a rodar no final de ano para estrear (o filme) na primavera ou verão de 2015”.
A organização sem fins lucrativos dirigida pelos administradores legais de seu fundo fiduciário, Centro Madre Teresa de Calcutá, que tem como objetivo promover e apoiar o conhecimento de sua obra através de seu estudo e difusão, participa também deste grande projeto.
Madre Teresa de Calcutá cujo nome de batismo era Inés Gonxha Bojaxhiu, nasceu em 26 de agosto de 1910 em Skopje, capital da atual República da Macedônia, no seio da comunidade albanesa, e foi beatificada em 2003 pelo Beato João Paulo II, depois que o vaticano reconheceu o milagre da cura de um tumor no abdômen de uma mulher indiana depois que esta passou um relicário com a fotografia da Beata.
A Prêmio Nobel da Paz realizou um trabalho assistencial em Calcutá com as Missionárias da Caridade, congregação que ela mesma fundou, que começou ajudando aos mais necessitados de Calcutá e agora conta com 710 casas em mais de 130 países onde 4500 religiosas dedicadas à assistência de pobres e doentes.
A Madre Teresa de Calcutá faleceu à idade de 87 anos, em 5 de setembro de 1997 em seu quarto da sede das Missionárias da Caridade.

FONTE: www.jovensconectados.org.br

Papa divulga mensagem para JMJ 2014


Papa Francisco envia mensagem para a próxima Jornada Mundial da Juventude, em nível diocesano, a ser celebrada em 13 de abril, e anuncia o futuro santo Papa João Paulo II como padroeiro das Jornada Mundial da Juventude.
Confira a íntegra da mensagem:
Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu» (Mt 5, 3)
Queridos jovens,
Permanece gravado na minha memória o encontro extraordinário que vivemos no Rio de Janeiro, na XXVIII Jornada Mundial da Juventude: uma grande festa da fé e da fraternidade. A boa gente brasileira acolheu-nos de braços escancarados, como a estátua de Cristo Redentor que domina, do alto do Corcovado, o magnífico cenário da praia de Copacabana. Nas margens do mar, Jesus fez ouvir de novo a sua chamada para que cada um de nós se torne seu discípulo missionário, O descubra como o tesouro mais precioso da própria vida e partilhe esta riqueza com os outros, próximos e distantes, até às extremas periferias geográficas e existenciais do nosso tempo.
A próxima etapa da peregrinação intercontinental dos jovens será em Cracóvia, em 2016. Para cadenciar o nosso caminho, gostaria nos próximos três anos de reflectir, juntamente convosco, sobre as Bem-aventuranças que lemos no Evangelho de São Mateus (5, 1-12). Começaremos este ano meditando sobre a primeira: «Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu» (Mt 5, 3); para 2015, proponho: «Felizes os puros de coração, porque verão a Deus» (Mt 5, 8); e finalmente, em 2016, o tema será: «Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia» (Mt 5, 7).
1. A força revolucionária das Bem-aventuranças
É-nos sempre muito útil ler e meditar as Bem-aventuranças! Jesus proclamou-as no seu primeiro grande sermão, feito na margem do lago da Galileia. Havia uma multidão imensa e Ele, para ensinar os seus discípulos, subiu a um monte; por isso é chamado o «sermão da montanha». Na Bíblia, o monte é visto como lugar onde Deus Se revela; pregando sobre o monte, Jesus apresenta-Se como mestre divino, como novo Moisés. E que prega Ele? Jesus prega o caminho da vida; aquele caminho que Ele mesmo percorre, ou melhor, que é Ele mesmo, e propõe-no como caminho da verdadeira felicidade. Em toda a sua vida, desde o nascimento na gruta de Belém até à morte na cruz e à ressurreição, Jesus encarnou as Bem-aventuranças. Todas as promessas do Reino de Deus se cumpriram n’Ele.
Ao proclamar as Bem-aventuranças, Jesus convida-nos a segui-Lo, a percorrer com Ele o caminho do amor, o único que conduz à vida eterna. Não é uma estrada fácil, mas o Senhor assegura-nos a sua graça e nunca nos deixa sozinhos. Na nossa vida, há pobreza, aflições, humilhações, luta pela justiça, esforço da conversão quotidiana, combates para viver a vocação à santidade, perseguições e muitos outros desafios. Mas, se abrirmos a porta a Jesus, se deixarmos que Ele esteja dentro da nossa história, se partilharmos com Ele as alegrias e os sofrimentos, experimentaremos uma paz e uma alegria que só Deus, amor infinito, pode dar.
As Bem-aventuranças de Jesus são portadoras duma novidade revolucionária, dum modelo de felicidade oposto àquele que habitualmente é transmitido pelos mass media, pelo pensamento dominante. Para a mentalidade do mundo, é um escândalo que Deus tenha vindo para Se fazer um de nós, que tenha morrido numa cruz. Na lógica deste mundo, aqueles que Jesus proclama felizes são considerados «perdedores», fracos. Ao invés, exalta-se o sucesso a todo o custo, o bem-estar, a arrogância do poder, a afirmação própria em detrimento dos outros.
Queridos jovens, Jesus interpela-nos para que respondamos à sua proposta de vida, para que decidamos qual estrada queremos seguir a fim de chegar à verdadeira alegria. Trata-se dum grande desafio de fé. Jesus não teve medo de perguntar aos seus discípulos se verdadeiramente queriam segui-Lo ou preferiam ir por outros caminhos (cf. Jo 6, 67). E Simão, denominado Pedro, teve a coragem de responder: «A quem iremos nós, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna» (Jo 6, 68). Se souberdes, vós também, dizer «sim» a Jesus, a vossa vida jovem encher-se-á de significado, e assim será fecunda.
2. A coragem da felicidade
O termo grego usado no Evangelho é makarioi, «bem-aventurados». E «bem-aventurados» quer dizer felizes. Mas dizei-me: vós aspirais deveras à felicidade? Num tempo em que se é atraído por tantas aparências de felicidade, corre-se o risco de contentar-se com pouco, com uma ideia «pequena» da vida. Vós, pelo contrário, aspirai a coisas grandes! Ampliai os vossos corações! Como dizia o Beato Pierjorge Frassati, «viver sem uma fé, sem um património a defender, sem sustentar numa luta contínua a verdade, não é viver, mas ir vivendo. Não devemos jamais ir vivendo, mas viver» (Carta a I. Bonini, 27 de Fevereiro de 1925). Em 20 de Maio de 1990, no dia da sua beatificação, João Paulo II chamou-lhe «homem das Bem-aventuranças» (Homilia na Santa Missa:AAS 82 [1990], 1518).
Se verdadeiramente fizerdes emergir as aspirações mais profundas do vosso coração, dar-vos-eis conta de que, em vós, há um desejo inextinguível de felicidade, e isto permitir-vos-á desmascarar e rejeitar as numerosas ofertas «a baixo preço» que encontrais ao vosso redor. Quando procuramos o sucesso, o prazer, a riqueza de modo egoísta e idolatrando-os, podemos experimentar também momentos de inebriamento, uma falsa sensação de satisfação; mas, no fim de contas, tornamo-nos escravos, nunca estamos satisfeitos, sentimo-nos impelidos a buscar sempre mais. É muito triste ver uma juventude «saciada», mas fraca.
Escrevendo aos jovens, São João dizia: «Vós sois fortes, a palavra de Deus permanece em vós e vós vencestes o Maligno» (1 Jo2, 14). Os jovens que escolhem Cristo são fortes, nutrem-se da sua Palavra e não se «empanturram» com outras coisas. Tende a coragem de ir contra a corrente. Tende a coragem da verdadeira felicidade! Dizei não à cultura do provisório, da superficialidade e do descartável, que não vos considera capazes de assumir responsabilidades e enfrentar os grandes desafios da vida.
3. Felizes os pobres em espírito…
A primeira Bem-aventurança, tema da próxima Jornada Mundial da Juventude, declara felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu. Num tempo em que muitas pessoas penam por causa da crise económica, pode parecer inoportuno acostar pobreza e felicidade. Em que sentido podemos conceber a pobreza como uma bênção?
Em primeiro lugar, procuremos compreender o que significa «pobres em espírito». Quando o Filho de Deus Se fez homem, escolheu um caminho de pobreza, de despojamento. Como diz São Paulo, na Carta aos Filipenses: «Tende entre vós os mesmos sentimentos que estão em Cristo Jesus: Ele, que é de condição divina, não considerou como uma usurpação ser igual a Deus; no entanto, esvaziou-Se a Si mesmo, tomando a condição de servo e tornando-Se semelhante aos homens» (2, 5-7). Jesus é Deus que Se despoja da sua glória. Vemos aqui a escolha da pobreza feita por Deus: sendo rico, fez-Se pobre para nos enriquecer com a sua pobreza (cf. 2 Cor 8, 9). É o mistério que contemplamos no presépio, vendo o Filho de Deus numa manjedoura; e mais tarde na cruz, onde o despojamento chega ao seu ápice.
O adjectivo grego ptochós (pobre) não tem um significado apenas material, mas quer dizer «mendigo». Há que o ligar com o conceito hebraico de anawim (os «pobres de Iahweh»), que evoca humildade, consciência dos próprios limites, da própria condição existencial de pobreza. Os anawim confiam no Senhor, sabem que dependem d’Ele.
Como justamente soube ver Santa Teresa do Menino Jesus, Cristo na sua Encarnação apresenta-Se como um mendigo, um necessitado em busca de amor. O Catecismo da Igreja Católica fala do homem como dum «mendigo de Deus» (n. 2559) e diz-nos que a oração é o encontro da sede de Deus com a nossa (n. 2560).
São Francisco de Assis compreendeu muito bem o segredo da Bem-aventurança dos pobres em espírito. De facto, quando Jesus lhe falou na pessoa do leproso e no Crucifixo, ele reconheceu a grandeza de Deus e a própria condição de humildade. Na sua oração, o Poverello passava horas e horas a perguntar ao Senhor: «Quem és Tu? Quem sou eu?» Despojou-se duma vida abastada e leviana, para desposar a «Senhora Pobreza», a fim de imitar Jesus e seguir o Evangelho à letra. Francisco viveu a imitação de Cristo pobre e o amor pelos pobres de modo indivisível, como as duas faces duma mesma moeda.
Posto isto, poder-me-íeis perguntar: Mas, em concreto, como é possível fazer com que esta pobreza em espírito se transforme em estilo de vida, incida concretamente na nossa existência? Respondo-vos em três pontos.
Antes de mais nada, procurai ser livres em relação às coisas. O Senhor chama-nos a um estilo de vida evangélico caracterizado pela sobriedade, chama-nos a não ceder à cultura do consumo. Trata-se de buscar a essencialidade, aprender a despojarmo-nos de tantas coisas supérfluas e inúteis que nos sufocam. Desprendamo-nos da ambição de possuir, do dinheiro idolatrado e depois esbanjado. No primeiro lugar, coloquemos Jesus. Ele pode libertar-nos das idolatrias que nos tornam escravos. Confiai em Deus, queridos jovens! Ele conhece-nos, ama-nos e nunca se esquece de nós. Como provê aos lírios do campo (cf. Mt 6, 28), também não deixará que nos falte nada! Mesmo para superar a crise económica, é preciso estar prontos a mudar o estilo de vida, a evitar tantos desperdícios. Como é necessária a coragem da felicidade, também é precisa a coragem da sobriedade.
Em segundo lugar, para viver esta Bem-aventurança todos necessitamos de conversão em relação aos pobres. Devemos cuidar deles, ser sensíveis às suas carências espirituais e materiais. A vós, jovens, confio de modo particular a tarefa de colocar a solidariedade no centro da cultura humana. Perante antigas e novas formas de pobreza – o desemprego, a emigração, muitas dependências dos mais variados tipos –, temos o dever de permanecer vigilantes e conscientes, vencendo a tentação da indiferença. Pensemos também naqueles que não se sentem amados, não olham com esperança o futuro, renunciam a comprometer-se na vida porque se sentem desanimados, desiludidos, temerosos. Devemos aprender a estar com os pobres. Não nos limitemos a pronunciar belas palavras sobre os pobres! Mas encontremo-los, fixemo-los olhos nos olhos, ouçamo-los. Para nós, os pobres são uma oportunidade concreta de encontrar o próprio Cristo, de tocar a sua carne sofredora.
Mas – e chegamos ao terceiro ponto – os pobres não são pessoas a quem podemos apenas dar qualquer coisa. Eles têm tanto para nos oferecer, para nos ensinar. Muito temos nós a aprender da sabedoria dos pobres! Pensai que um Santo do século XVIII, Bento José Labre – dormia pelas ruas de Roma e vivia das esmolas da gente –, tornara-se conselheiro espiritual de muitas pessoas, incluindo nobres e prelados. De certo modo, os pobres são uma espécie de mestres para nós. Ensinam-nos que uma pessoa não vale por aquilo que possui, pelo montante que tem na conta bancária. Um pobre, uma pessoa sem bens materiais, conserva sempre a sua dignidade. Os pobres podem ensinar-nos muito também sobre a humildade e a confiança em Deus. Na parábola do fariseu e do publicano (cf. Lc 18, 9-14), Jesus propõe este último como modelo, porque é humilde e se reconhece pecador. E a própria viúva, que lança duas moedinhas no tesouro do templo, é exemplo da generosidade de quem, mesmo tendo pouco ou nada, dá tudo (Lc 21, 1-4).
4. … porque deles é o Reino do Céu
Tema central no Evangelho de Jesus é o Reino de Deus. Jesus é o Reino de Deus em pessoa, é o Emanuel, Deus connosco. E é no coração do homem que se estabelece e cresce o Reino, o domínio de Deus. O Reino é, simultaneamente, dom e promessa. Já nos foi dado em Jesus, mas deve ainda realizar-se em plenitude. Por isso rezamos ao Pai cada dia: «Venha a nós o vosso Reino».
Há uma ligação profunda entre pobreza e evangelização, entre o tema da última Jornada Mundial da Juventude – «Ide e fazei discípulos entre todas as nações» (Mt 28, 19) – e o tema deste ano: «Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu» (Mt 5, 3). O Senhor quer uma Igreja pobre, que evangelize os pobres. Jesus, quando enviou os Doze em missão, disse-lhes: «Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos; nem alforge para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem cajado; pois o trabalhador merece o seu sustento» (Mt 10, 9-10). A pobreza evangélica é condição fundamental para que o Reino de Deus se estenda. As alegrias mais belas e espontâneas que vi ao longo da minha vida eram de pessoas pobres que tinham pouco a que se agarrar. A evangelização, no nosso tempo, só será possível por contágio de alegria.
Como vimos, a Bem-aventurança dos pobres em espírito orienta a nossa relação com Deus, com os bens materiais e com os pobres. À vista do exemplo e das palavras de Jesus, damo-nos conta da grande necessidade que temos de conversão, de fazer com que a lógica do ser mais prevaleça sobre a lógica do ter mais. Os Santos são quem mais nos pode ajudar a compreender o significado profundo das Bem-aventuranças. Neste sentido, a canonização de João Paulo II, no segundo domingo de Páscoa, é um acontecimento que enche o nosso coração de alegria. Ele será o grande patrono das Jornadas Mundiais da Juventude, de que foi o iniciador e impulsionador. E, na comunhão dos Santos, continuará a ser, para todos vós, um pai e um amigo.
No próximo mês de Abril, tem lugar também o trigésimo aniversário da entrega aos jovens da Cruz do Jubileu da Redenção. Foi precisamente a partir daquele acto simbólico de João Paulo II que principiou a grande peregrinação juvenil que, desde então, continua a atravessar os cinco continentes. Muitos recordam as palavras com que, no domingo de Páscoa do ano 1984, o Papa acompanhou o seu gesto: «Caríssimos jovens, no termo do Ano Santo, confio-vos o próprio sinal deste Ano Jubilar: a Cruz de Cristo! Levai-a ao mundo como sinal do amor do Senhor Jesus pela humanidade, e anunciai a todos que só em Cristo morto e ressuscitado há salvação e redenção».
Queridos jovens, o Magnificat, o cântico de Maria, pobre em espírito, é também o canto de quem vive as Bem-aventuranças. A alegria do Evangelho brota dum coração pobre, que sabe exultar e maravilhar-se com as obras de Deus, como o coração da Virgem, que todas as gerações chamam «bem-aventurada» (cf. Lc 1, 48). Que Ela, a mãe dos pobres e a estrela da nova evangelização, nos ajude a viver o Evangelho, a encarnar as Bem-aventuranças na nossa vida, a ter a coragem da felicidade.
Vaticano, 21 de Janeiro – Memória de Santa Inês, virgem e mártir – de 2014.


FONTE: www.jovensconectados.org.br

Dom Bosco, o santo padroeiro dos jovens


31 de janeiro é considerado o dia da festa de Dom Bosco, considerado o santo patrono dos jovens. Ele lutou pela conversão dos jovens e pela dignidade de cada um deles no mundo. Nasceu em 1815, no século XIX,  uma época de avanços da industrialização e da exploração humana nas fábricas. Naquela época, muitas crianças pobres desejavam ser sacerdotes para tornarem-se ricas e ajudarem a família. Mas, para João Bosco, a vontade de ser padre era para poder cuidar das pessoas, especialmente dos mais jovens. “Quando crescer quero ser sacerdote para tomar conta dos meninos. Os meninos são bons; se há meninos maus é porque não há quem cuide deles”, dizia o pequeno João Bosco, que, desde cedo, já tinha um chamado à vocação.
Mas seu pai morreu cedo com doze anos de idade; e sua mãe era analfabeta. Sua região, Turim – que fica ao norte da Itália – passava por um período de grave situação financeira. E, por isso, João Bosco teve de passar por inúmeras dificuldades. Foi obrigado a mendigar para manter os estudos. Para ajudar o irmão, foi costureiro, sapateiro, ferreiro, carpinteiro e, ainda nos tempos livres, estudava música.
Apesar de todas as dificuldades, a vontade de ser sacerdote falava mais alto ao seu coração. Como padre, também passou por situações difíceis. Para conseguir a permissão de fundar seuoratório – uma espécie de “obra social” que se ocupava de lazer, educação e catequese - em honra de São Francisco de Sales, fez como São Francisco de Assis e foi até o papa, na época, Pio IX, que o recebeu com muita estima e apreço. Surgiu ainda a congregação dos Salesianos, por volta de 1860 – que passaram a se dedicar também aos colégios e escolas católicas para crianças e jovens. Mas os bons propósitos de São João Bosco não eram suficientes para mostrar, mesmo dentro da Igreja, sua real intenção. Ele teve de enfrentar inúmeras perseguições, até eclesiásticas. Foi, entre outras coisas, chamado de louco.
Dom Bosco foi, acima de tudo, alguém que fez de sua caminhada uma luta constante pela conversão da juventude. Ele soube transmitir a fé católica falando das injustiças. Dedicou-se pelo bem-estar de muitos jovens, na maioria órfãos, que vinham do campo para a cidade em busca de emprego e acabavam sendo explorados por empregadores interessados em mão-de-obra barata ou jovens que viviam nas ruas passando fome e convivendo com o crime.
Bom Bosco, além de santo intercessor da juventude, é padroeiro de Brasília, a capital federal, por conta de um sonho que tivera em que via um lugar de riqueza perto de um lago, entre os paralelos 15 e 20 do hemisfério sul.
 Leia a carta de D. Bosco aos jovens:
” Caros jovens,
O demônio tem normalmente duas artimanhas principais para afastar da virtude os jovens. A primeira consiste em persuadi-los de que no serviço de Deus existe uma vida triste sem nenhum divertimento nem prazer. Mas isto não é verdade, meus caros jovens. Eu vou lhes indicar um plano de vida cristã que poderá mantê-los alegres e contentes, fazendo-os conhecer ao mesmo tempo quais são os verdadeiros divertimentos e os verdadeiros prazeres, para que vocês possam exclamar com o santo profeta Davi: “Sirvamos ao Senhor na santa alegria”.
A segunda artimanha do demônio consiste em fazê-lo conceber uma falsa esperança duma longa vida que permite converter-se na velhice ou na hora da morte. Prestem atenção, meus caros jovens, muitos se deixaram perder por esta mentira. Quem nos garante que chegaremos à velhice? Se se tratasse de fazer um pacto com a morte e de esperar até então… Mas a vida e a morte estão entras as mãos de Deus que dispõe de tudo a seu bel prazer.
E mesmo se Deus lhe concedesse uma longa vida, escutai, entretanto, sua advertência: “o caminho do homem começa na juventude, ele o segue na velhice até a morte”. Ou seja, se, jovens, começamos uma vida exemplar, seremos exemplares na idade adulta, nossa morte será santa e nos fará entrar na felicidade eterna. Se, pelo contrário, os vícios começam a nos dominar desde a juventude, é muito provável que eles nos manterão em escravidão toda a nossa vida até a morte, triste prelúdio a uma eternidade terrível. Para que esta infelicidade não lhes aconteça, eu lhes apresento um método, vida alegre e fácil, mas que lhes bastará para se tornarem a consolação de seus pais, a honra de pátria de vocês, bons cidadãos da Terra, em seguida felizes habitantes do céu…
Meus caros jovens, eu os amo de todo o meu coração e basta-me que vocês sejam jovens para que eu os ame extraordinariamente. Eu lhes garanto que vocês encontrarão livros que lhes foram dirigidos por pessoas mais virtuosas e mais sábias que eu em muitos pontos, mas dificilmente vocês poderão encontrar algum que os ame mais que eu em Jesus Cristo e deseja mais felicidade para vocês.
Conservem no coração o tesouro da virtude, porque possuindo-o vocês têm tudo, mas se o perderem, vocês se tornarão os homens mais infelizes do mundo. Que o Senhor esteja sempre com vocês e que Ele lhes conceda seguir os simples conselhos presentes, para que vocês possam aumentar a glória de Deus e obter a salvação da alma, fim supremo para o qual fomos criados. Que o Céu lhes dê longos anos de vida feliz e que o santo temor de Deus seja sempre a grande riqueza que os cumule de bens celestes aqui e por toda a eternidade ” (São João Bosco).
Confira algumas frases famosas de D. Bosco:
“Basta que sejam jovens para que eu vos ame”,
“Prometi a Deus que até meu último suspiro seria para os jovens”,
“O que somos é presente de Deus; no que nos transformamos é o nosso presente a Ele”,
“Ganhai o coração dos jovens por meio do amor”,
“A música dos jovens se escuta com o coração, não com os ouvidos”.

FONTE: www.jovensconectados.org.br