sábado, 15 de fevereiro de 2014

Comissão para Juventude da CNBB realiza cadastro de grupos juvenis no Brasil

A Comissão para a Juventude da CNBB lança projeto para cadastrar todos os grupos juvenis do Brasil. O objetivo é mapear os carismas e as identidades dos grupos de jovens a fim de estreitar relações e facilitar a comunicação. A Juventude Missionária (JM), atividade da Pontifícia Obra da Propagação da Fé (POPF), uma das quatro Pontifícias Obras Missionárias (POM), também adere ao projeto.

O cadastramento possibilitará conhecer melhor a realidade e o trabalho de base da Juventude Missionária. “Presente em todos os estados, o carisma missionário da Obra da Propagação da Fé faz de seus grupos de Juventude Missionária agentes impulsionadores da solidariedade da Igreja”, explica Guilherme Cavalli, secretário nacional da POPF.

O formulário para o cadastramento poderá ser acessado através do link http://www.jovensconectados.org.br/cadastro Cada coordenador de JM deve se responsabilizar pelo cadastro do seu grupo. Tendo feito, deve informar o assessor e o coordenador diocesano da JM. É importante que no campo “Descrição” se especifique que o grupo de Juventude Missionária pertence à Pontifícia Obra da Propagação da Fé, que integra as POM.


FONTE: jmissionaria.blogspot.com.br

Hora Santa Missionária para o ano da IAM

Com.: Queridos irmãos e irmãs. Estamos celebrando o ano da IAM no Brasil. Durante todo este ano a IAM no Brasil nos convida a intensificar nossas orações pelo trabalho missionário que é realizado em todo o mundo. Rezemos hoje por todos os missionários e pelos bilhões de pessoas que ainda não sabem que Jesus é Deus. Cantemos enquanto o Santíssimo Sacramento é exposto para nossa adoração.

Canto: Onde reina o amor, fraterno amor. Onde reina o amor, Deus aí está (repete quantas vezes for necessário; depois vai-se abaixando a voz, até ficar quase um sussurro)

Dir.: Graças e louvores se dêem a todo momento...

T.: Ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento.

Com.: Fiquemos um instante em silêncio, contemplando Aquele que se fez comida para nossa vida eterna. (silêncio de 2 ou 3 minutos)

Com.: Jesus é o grande missionário do Pai. O Filho Único de Deus é enviado em missão. E quando Ele termina sua missão na terra, envia aos seus Apóstolos para continuá-la até o fim dos tempos. Ouçamos.

L 1.: Mt 28,19-20 (após a leitura mais 2 ou 4 minutos em silêncio, para reflexão pessoal)

Dir.: Em alguns países da África os últimos cem anos de atividade missionária foram bem fecundos, atingindo quase 100% da população. Porém, ainda hoje, em muitos lugares os cristãos são minoria absoluta, não chegando a 0,5% da população.

Com.: Também em alguns lugares, como em partes da Índia ou do Iraque, os cristãos são perseguidos por grupos radicais e expulsos de suas casas, sendo obrigados a fugir para as matas ou para as montanhas, onde passam fome. Outros sofrem violência física e as vezes até são mortos por serem cristãos.

T. “No mundo tereis tribulações. Mas tende coragem: eu venci o mundo”, disse Jesus.

Dir.: Aqueles que perseguem ou matam os cristãos fazem isto porque não sabem ainda que Jesus é Deus. Se soubessem, com certeza não perseguiriam os cristãos e se converteriam.

T. “Pai, perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem”

Com.: Hoje, no mundo todo, cerca de 83% da população não sabe que Jesus é Deus. Muitos destes nem sequer ouviu falar em Jesus, apesar de toda tecnologia de informação que temos. É preciso anunciá-lo.

T. “Ai de mim se eu não evangelizar” (1Cor 9,16).

Canto: Antes que te formasses dentro do seio de tua mãe...

Com.: Só Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida. Só Ele pode dar a vida verdadeira para todos os povos. Ouçamos.

L 2.: Jo 10,10b (após a leitura mais 2 ou 3 minutos em silêncio, para reflexão pessoal)

Dir.: Reflexão dirigida (breve homilia - após a reflexão mais 1 ou 2 minutos em silêncio, para reflexão pessoal)

Dir.: Façamos agora nossas preces espontâneas, por nós, por nossa comunidade e pelo mundo inteiro. (Preces espontâneas)

Canto: Maria Mãe dos caminhantes ou Pelas estradas da vida (mais 2 ou 4 minutos em silêncio, para reflexão pessoal)

Benção com o Santíssimo ou conclusão com um Pai Nosso, uma Ave-Maria e um Glória ao Pai

Por Pe. André Luiz de Negreiros
Secretário Nacional da Pontifícia Obra da IAM

FONTE: garotadamissionaria.blogspot.com.br

Mais de 20 mil namorados e noivos estarão com o Papa nesta sexta


O Presidente do Pontifício Conselho para a Família, Dom Vincenzo Paglia, informou que já são mais de 20 mil namorados e noivos os que participarão nesta sexta-feira, 14, Dia de São Valentim, do encontro na Praça de São Pedro em Roma. Indicou também que o evento terminará com uma oração especialmente preparada para a ocasião.
Em declarações à Rádio Vaticano, o prelado comentou que “o sucesso numérico desta iniciativa era absolutamente imprevisível até três semanas atrás, isso é uma prova de que existem jovens perseverantes, que desejam que seu amor dure para sempre e seja abençoado por Deus”.
“Hoje em dia, os casais adiam o casamento até que todos os problemas estejam resolvidos. Na verdade, casa-se para construir o futuro juntos, resolver os problemas juntos, construir a casa para eles e os filhos juntos”, explica.
O arcebispo assinalou logo que “em um mundo ao que podemos chamar líquido – líquido porque os sentimentos vão e vêm, porque no final são sentimentos egocêntricos– o amor quer dizer construção, esforço comum, fadiga. Por isso é importante que a Igreja ponha atenção a este momento da vida, porque é o momento no qual se colocam as bases: se uma casa tiver boas bases resiste às inevitáveis tormentas que cairão ao longo dos anos”.
Dom Paglia disse finalmente que é essencial desenvolver uma boa pastoral familiar e que é fundamental também “superar o sentimentalismo egocêntrico com o verdadeiro amor”.

FONTE: www.jovensconectados.org.br

A partir de pedidos constantes do Papa, comunidade lança campanha de oração pelo pontífice


“Rezem por mim” é o pedido constante do Papa Francisco. É assim que ele termina suas mensagens, intervenções e orações. No dia da eleição protagonizou um gesto comovente: inclinou-se e pediu que em silêncio os presentes na Praça de São Pedro rezassem por ele.
Motivados por esta súplica constante do Pontífice, a Comunidade Católica Shalom mobiliza uma campanha de oração pelo Papa. O nome da iniciativa diz o compromisso de quem adere à ação: “Eu Rezo Pelo Papa”.
Fanpage  criada   no dia 3 de fevereiro já conta com mais de  9 mil curtidas até a conclusão deste texto. Na página, os participantes declaram que rezam pelo  papa e oferecem terços, missas e outras devoções como intercessão pelos trabalhos do pontífice.
Para aderir basta rezar por Francisco e publicar o conteúdo no FacebookTwitter, Instagram com a hashtag #EuRezoPeloPapa. As hashtags também estão disponíveis em mais outras seis línguas: inglês: #IprayForthePope, italiano: #IoPregoPerIlPapa, espanhol: #YoRezoporElPapa, húngaro: #Pápáértimádkozok, francês: #jepriepourlepape, alemão: #IchbetefürdenPapst.
“Queremos motivar as pessoas a rezarem pelo Papa. É uma forma de apoiá-lo em sua missão. Esta é uma iniciativa voltada para todos aqueles que gostam de Francisco”, explicou João Edson Queiroz, membro do Conselho Geral do Shalom e um dos responsáveis pela iniciativa. Ainda segundo Queiroz a meta é que até o final do mês a página chegue a 20 mil  seguidores.
Faz parte da história da Comunidade Católica Shalom o amor, zelo, obediência e intercessão pelos Papas. Foi aos pés do Beato João Paulo II, durante uma celebração eucarística, que Moysés Azevedo, fundador da instituição, ofereceu sua vida pela evangelização dos jovens em 9 de julho de 1980.
Durante o anúncio da renúncia do papa emérito Bento XVI, a comunidade encontrava-se em Retiro de carnaval no ginásio Paulo Sarate, ocasião em que já começaram a rezar pelo novo papa.
Durante o período da Sé Vacante foi orientado para os membros da instituição um tempo especial de oração pela eleição do novo Papa que viria ser o cardeal Bergoglio.
“Rezar pelo papa e suas intenções é um dever nosso como cristão, como ovelhas que são guiadas pelo seu pastoreio”, disse João Edson.
SERVIÇO:
Campanha “Eu Rezo Pelo Papa”.

FONTE: www.jovensconectados.org.br

Hollywood anuncia filme sobre a vida de Madre Teresa de Calcutá


A vida da fundadora das Missionárias da Caridade e Prêmio Nobel da Paz em 1979, Madre Teresa de Calcutá, será levada aos telões através do primeiro longa-metragem autorizado de sua vida a cargo das produtoras de Hollywood, Flame Venturas e Origin Entertainment sob o título em inglês “I Thirst” (Tenho Sede).
O roteirista desta obra cinematográfica é Kier Pearson, candidato ao Oscar por ‘Hotel Ruanda’ (2004), que embarcará em uma viagem por Calcutá, Índia e Tijuana durante o próximo mês para documentar sobre a vida de Madre Teresa e começar a escrever o roteiro.
Um dos produtores, Tony Krantz, assinalou que “não podemos estar mais entusiasmados de fazer este filme sobre uma mulher que lutou pelo compromisso absoluto, a fé, a caridade e o amor”.
Por sua parte o produtor, Jamey Volk, disse que “queremos levar esta historia para uma audiência global” e adicionou que “temos a intenção de começar a rodar no final de ano para estrear (o filme) na primavera ou verão de 2015”.
A organização sem fins lucrativos dirigida pelos administradores legais de seu fundo fiduciário, Centro Madre Teresa de Calcutá, que tem como objetivo promover e apoiar o conhecimento de sua obra através de seu estudo e difusão, participa também deste grande projeto.
Madre Teresa de Calcutá cujo nome de batismo era Inés Gonxha Bojaxhiu, nasceu em 26 de agosto de 1910 em Skopje, capital da atual República da Macedônia, no seio da comunidade albanesa, e foi beatificada em 2003 pelo Beato João Paulo II, depois que o vaticano reconheceu o milagre da cura de um tumor no abdômen de uma mulher indiana depois que esta passou um relicário com a fotografia da Beata.
A Prêmio Nobel da Paz realizou um trabalho assistencial em Calcutá com as Missionárias da Caridade, congregação que ela mesma fundou, que começou ajudando aos mais necessitados de Calcutá e agora conta com 710 casas em mais de 130 países onde 4500 religiosas dedicadas à assistência de pobres e doentes.
A Madre Teresa de Calcutá faleceu à idade de 87 anos, em 5 de setembro de 1997 em seu quarto da sede das Missionárias da Caridade.

FONTE: www.jovensconectados.org.br

Papa divulga mensagem para JMJ 2014


Papa Francisco envia mensagem para a próxima Jornada Mundial da Juventude, em nível diocesano, a ser celebrada em 13 de abril, e anuncia o futuro santo Papa João Paulo II como padroeiro das Jornada Mundial da Juventude.
Confira a íntegra da mensagem:
Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu» (Mt 5, 3)
Queridos jovens,
Permanece gravado na minha memória o encontro extraordinário que vivemos no Rio de Janeiro, na XXVIII Jornada Mundial da Juventude: uma grande festa da fé e da fraternidade. A boa gente brasileira acolheu-nos de braços escancarados, como a estátua de Cristo Redentor que domina, do alto do Corcovado, o magnífico cenário da praia de Copacabana. Nas margens do mar, Jesus fez ouvir de novo a sua chamada para que cada um de nós se torne seu discípulo missionário, O descubra como o tesouro mais precioso da própria vida e partilhe esta riqueza com os outros, próximos e distantes, até às extremas periferias geográficas e existenciais do nosso tempo.
A próxima etapa da peregrinação intercontinental dos jovens será em Cracóvia, em 2016. Para cadenciar o nosso caminho, gostaria nos próximos três anos de reflectir, juntamente convosco, sobre as Bem-aventuranças que lemos no Evangelho de São Mateus (5, 1-12). Começaremos este ano meditando sobre a primeira: «Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu» (Mt 5, 3); para 2015, proponho: «Felizes os puros de coração, porque verão a Deus» (Mt 5, 8); e finalmente, em 2016, o tema será: «Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia» (Mt 5, 7).
1. A força revolucionária das Bem-aventuranças
É-nos sempre muito útil ler e meditar as Bem-aventuranças! Jesus proclamou-as no seu primeiro grande sermão, feito na margem do lago da Galileia. Havia uma multidão imensa e Ele, para ensinar os seus discípulos, subiu a um monte; por isso é chamado o «sermão da montanha». Na Bíblia, o monte é visto como lugar onde Deus Se revela; pregando sobre o monte, Jesus apresenta-Se como mestre divino, como novo Moisés. E que prega Ele? Jesus prega o caminho da vida; aquele caminho que Ele mesmo percorre, ou melhor, que é Ele mesmo, e propõe-no como caminho da verdadeira felicidade. Em toda a sua vida, desde o nascimento na gruta de Belém até à morte na cruz e à ressurreição, Jesus encarnou as Bem-aventuranças. Todas as promessas do Reino de Deus se cumpriram n’Ele.
Ao proclamar as Bem-aventuranças, Jesus convida-nos a segui-Lo, a percorrer com Ele o caminho do amor, o único que conduz à vida eterna. Não é uma estrada fácil, mas o Senhor assegura-nos a sua graça e nunca nos deixa sozinhos. Na nossa vida, há pobreza, aflições, humilhações, luta pela justiça, esforço da conversão quotidiana, combates para viver a vocação à santidade, perseguições e muitos outros desafios. Mas, se abrirmos a porta a Jesus, se deixarmos que Ele esteja dentro da nossa história, se partilharmos com Ele as alegrias e os sofrimentos, experimentaremos uma paz e uma alegria que só Deus, amor infinito, pode dar.
As Bem-aventuranças de Jesus são portadoras duma novidade revolucionária, dum modelo de felicidade oposto àquele que habitualmente é transmitido pelos mass media, pelo pensamento dominante. Para a mentalidade do mundo, é um escândalo que Deus tenha vindo para Se fazer um de nós, que tenha morrido numa cruz. Na lógica deste mundo, aqueles que Jesus proclama felizes são considerados «perdedores», fracos. Ao invés, exalta-se o sucesso a todo o custo, o bem-estar, a arrogância do poder, a afirmação própria em detrimento dos outros.
Queridos jovens, Jesus interpela-nos para que respondamos à sua proposta de vida, para que decidamos qual estrada queremos seguir a fim de chegar à verdadeira alegria. Trata-se dum grande desafio de fé. Jesus não teve medo de perguntar aos seus discípulos se verdadeiramente queriam segui-Lo ou preferiam ir por outros caminhos (cf. Jo 6, 67). E Simão, denominado Pedro, teve a coragem de responder: «A quem iremos nós, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna» (Jo 6, 68). Se souberdes, vós também, dizer «sim» a Jesus, a vossa vida jovem encher-se-á de significado, e assim será fecunda.
2. A coragem da felicidade
O termo grego usado no Evangelho é makarioi, «bem-aventurados». E «bem-aventurados» quer dizer felizes. Mas dizei-me: vós aspirais deveras à felicidade? Num tempo em que se é atraído por tantas aparências de felicidade, corre-se o risco de contentar-se com pouco, com uma ideia «pequena» da vida. Vós, pelo contrário, aspirai a coisas grandes! Ampliai os vossos corações! Como dizia o Beato Pierjorge Frassati, «viver sem uma fé, sem um património a defender, sem sustentar numa luta contínua a verdade, não é viver, mas ir vivendo. Não devemos jamais ir vivendo, mas viver» (Carta a I. Bonini, 27 de Fevereiro de 1925). Em 20 de Maio de 1990, no dia da sua beatificação, João Paulo II chamou-lhe «homem das Bem-aventuranças» (Homilia na Santa Missa:AAS 82 [1990], 1518).
Se verdadeiramente fizerdes emergir as aspirações mais profundas do vosso coração, dar-vos-eis conta de que, em vós, há um desejo inextinguível de felicidade, e isto permitir-vos-á desmascarar e rejeitar as numerosas ofertas «a baixo preço» que encontrais ao vosso redor. Quando procuramos o sucesso, o prazer, a riqueza de modo egoísta e idolatrando-os, podemos experimentar também momentos de inebriamento, uma falsa sensação de satisfação; mas, no fim de contas, tornamo-nos escravos, nunca estamos satisfeitos, sentimo-nos impelidos a buscar sempre mais. É muito triste ver uma juventude «saciada», mas fraca.
Escrevendo aos jovens, São João dizia: «Vós sois fortes, a palavra de Deus permanece em vós e vós vencestes o Maligno» (1 Jo2, 14). Os jovens que escolhem Cristo são fortes, nutrem-se da sua Palavra e não se «empanturram» com outras coisas. Tende a coragem de ir contra a corrente. Tende a coragem da verdadeira felicidade! Dizei não à cultura do provisório, da superficialidade e do descartável, que não vos considera capazes de assumir responsabilidades e enfrentar os grandes desafios da vida.
3. Felizes os pobres em espírito…
A primeira Bem-aventurança, tema da próxima Jornada Mundial da Juventude, declara felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu. Num tempo em que muitas pessoas penam por causa da crise económica, pode parecer inoportuno acostar pobreza e felicidade. Em que sentido podemos conceber a pobreza como uma bênção?
Em primeiro lugar, procuremos compreender o que significa «pobres em espírito». Quando o Filho de Deus Se fez homem, escolheu um caminho de pobreza, de despojamento. Como diz São Paulo, na Carta aos Filipenses: «Tende entre vós os mesmos sentimentos que estão em Cristo Jesus: Ele, que é de condição divina, não considerou como uma usurpação ser igual a Deus; no entanto, esvaziou-Se a Si mesmo, tomando a condição de servo e tornando-Se semelhante aos homens» (2, 5-7). Jesus é Deus que Se despoja da sua glória. Vemos aqui a escolha da pobreza feita por Deus: sendo rico, fez-Se pobre para nos enriquecer com a sua pobreza (cf. 2 Cor 8, 9). É o mistério que contemplamos no presépio, vendo o Filho de Deus numa manjedoura; e mais tarde na cruz, onde o despojamento chega ao seu ápice.
O adjectivo grego ptochós (pobre) não tem um significado apenas material, mas quer dizer «mendigo». Há que o ligar com o conceito hebraico de anawim (os «pobres de Iahweh»), que evoca humildade, consciência dos próprios limites, da própria condição existencial de pobreza. Os anawim confiam no Senhor, sabem que dependem d’Ele.
Como justamente soube ver Santa Teresa do Menino Jesus, Cristo na sua Encarnação apresenta-Se como um mendigo, um necessitado em busca de amor. O Catecismo da Igreja Católica fala do homem como dum «mendigo de Deus» (n. 2559) e diz-nos que a oração é o encontro da sede de Deus com a nossa (n. 2560).
São Francisco de Assis compreendeu muito bem o segredo da Bem-aventurança dos pobres em espírito. De facto, quando Jesus lhe falou na pessoa do leproso e no Crucifixo, ele reconheceu a grandeza de Deus e a própria condição de humildade. Na sua oração, o Poverello passava horas e horas a perguntar ao Senhor: «Quem és Tu? Quem sou eu?» Despojou-se duma vida abastada e leviana, para desposar a «Senhora Pobreza», a fim de imitar Jesus e seguir o Evangelho à letra. Francisco viveu a imitação de Cristo pobre e o amor pelos pobres de modo indivisível, como as duas faces duma mesma moeda.
Posto isto, poder-me-íeis perguntar: Mas, em concreto, como é possível fazer com que esta pobreza em espírito se transforme em estilo de vida, incida concretamente na nossa existência? Respondo-vos em três pontos.
Antes de mais nada, procurai ser livres em relação às coisas. O Senhor chama-nos a um estilo de vida evangélico caracterizado pela sobriedade, chama-nos a não ceder à cultura do consumo. Trata-se de buscar a essencialidade, aprender a despojarmo-nos de tantas coisas supérfluas e inúteis que nos sufocam. Desprendamo-nos da ambição de possuir, do dinheiro idolatrado e depois esbanjado. No primeiro lugar, coloquemos Jesus. Ele pode libertar-nos das idolatrias que nos tornam escravos. Confiai em Deus, queridos jovens! Ele conhece-nos, ama-nos e nunca se esquece de nós. Como provê aos lírios do campo (cf. Mt 6, 28), também não deixará que nos falte nada! Mesmo para superar a crise económica, é preciso estar prontos a mudar o estilo de vida, a evitar tantos desperdícios. Como é necessária a coragem da felicidade, também é precisa a coragem da sobriedade.
Em segundo lugar, para viver esta Bem-aventurança todos necessitamos de conversão em relação aos pobres. Devemos cuidar deles, ser sensíveis às suas carências espirituais e materiais. A vós, jovens, confio de modo particular a tarefa de colocar a solidariedade no centro da cultura humana. Perante antigas e novas formas de pobreza – o desemprego, a emigração, muitas dependências dos mais variados tipos –, temos o dever de permanecer vigilantes e conscientes, vencendo a tentação da indiferença. Pensemos também naqueles que não se sentem amados, não olham com esperança o futuro, renunciam a comprometer-se na vida porque se sentem desanimados, desiludidos, temerosos. Devemos aprender a estar com os pobres. Não nos limitemos a pronunciar belas palavras sobre os pobres! Mas encontremo-los, fixemo-los olhos nos olhos, ouçamo-los. Para nós, os pobres são uma oportunidade concreta de encontrar o próprio Cristo, de tocar a sua carne sofredora.
Mas – e chegamos ao terceiro ponto – os pobres não são pessoas a quem podemos apenas dar qualquer coisa. Eles têm tanto para nos oferecer, para nos ensinar. Muito temos nós a aprender da sabedoria dos pobres! Pensai que um Santo do século XVIII, Bento José Labre – dormia pelas ruas de Roma e vivia das esmolas da gente –, tornara-se conselheiro espiritual de muitas pessoas, incluindo nobres e prelados. De certo modo, os pobres são uma espécie de mestres para nós. Ensinam-nos que uma pessoa não vale por aquilo que possui, pelo montante que tem na conta bancária. Um pobre, uma pessoa sem bens materiais, conserva sempre a sua dignidade. Os pobres podem ensinar-nos muito também sobre a humildade e a confiança em Deus. Na parábola do fariseu e do publicano (cf. Lc 18, 9-14), Jesus propõe este último como modelo, porque é humilde e se reconhece pecador. E a própria viúva, que lança duas moedinhas no tesouro do templo, é exemplo da generosidade de quem, mesmo tendo pouco ou nada, dá tudo (Lc 21, 1-4).
4. … porque deles é o Reino do Céu
Tema central no Evangelho de Jesus é o Reino de Deus. Jesus é o Reino de Deus em pessoa, é o Emanuel, Deus connosco. E é no coração do homem que se estabelece e cresce o Reino, o domínio de Deus. O Reino é, simultaneamente, dom e promessa. Já nos foi dado em Jesus, mas deve ainda realizar-se em plenitude. Por isso rezamos ao Pai cada dia: «Venha a nós o vosso Reino».
Há uma ligação profunda entre pobreza e evangelização, entre o tema da última Jornada Mundial da Juventude – «Ide e fazei discípulos entre todas as nações» (Mt 28, 19) – e o tema deste ano: «Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu» (Mt 5, 3). O Senhor quer uma Igreja pobre, que evangelize os pobres. Jesus, quando enviou os Doze em missão, disse-lhes: «Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos; nem alforge para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem cajado; pois o trabalhador merece o seu sustento» (Mt 10, 9-10). A pobreza evangélica é condição fundamental para que o Reino de Deus se estenda. As alegrias mais belas e espontâneas que vi ao longo da minha vida eram de pessoas pobres que tinham pouco a que se agarrar. A evangelização, no nosso tempo, só será possível por contágio de alegria.
Como vimos, a Bem-aventurança dos pobres em espírito orienta a nossa relação com Deus, com os bens materiais e com os pobres. À vista do exemplo e das palavras de Jesus, damo-nos conta da grande necessidade que temos de conversão, de fazer com que a lógica do ser mais prevaleça sobre a lógica do ter mais. Os Santos são quem mais nos pode ajudar a compreender o significado profundo das Bem-aventuranças. Neste sentido, a canonização de João Paulo II, no segundo domingo de Páscoa, é um acontecimento que enche o nosso coração de alegria. Ele será o grande patrono das Jornadas Mundiais da Juventude, de que foi o iniciador e impulsionador. E, na comunhão dos Santos, continuará a ser, para todos vós, um pai e um amigo.
No próximo mês de Abril, tem lugar também o trigésimo aniversário da entrega aos jovens da Cruz do Jubileu da Redenção. Foi precisamente a partir daquele acto simbólico de João Paulo II que principiou a grande peregrinação juvenil que, desde então, continua a atravessar os cinco continentes. Muitos recordam as palavras com que, no domingo de Páscoa do ano 1984, o Papa acompanhou o seu gesto: «Caríssimos jovens, no termo do Ano Santo, confio-vos o próprio sinal deste Ano Jubilar: a Cruz de Cristo! Levai-a ao mundo como sinal do amor do Senhor Jesus pela humanidade, e anunciai a todos que só em Cristo morto e ressuscitado há salvação e redenção».
Queridos jovens, o Magnificat, o cântico de Maria, pobre em espírito, é também o canto de quem vive as Bem-aventuranças. A alegria do Evangelho brota dum coração pobre, que sabe exultar e maravilhar-se com as obras de Deus, como o coração da Virgem, que todas as gerações chamam «bem-aventurada» (cf. Lc 1, 48). Que Ela, a mãe dos pobres e a estrela da nova evangelização, nos ajude a viver o Evangelho, a encarnar as Bem-aventuranças na nossa vida, a ter a coragem da felicidade.
Vaticano, 21 de Janeiro – Memória de Santa Inês, virgem e mártir – de 2014.


FONTE: www.jovensconectados.org.br

Dom Bosco, o santo padroeiro dos jovens


31 de janeiro é considerado o dia da festa de Dom Bosco, considerado o santo patrono dos jovens. Ele lutou pela conversão dos jovens e pela dignidade de cada um deles no mundo. Nasceu em 1815, no século XIX,  uma época de avanços da industrialização e da exploração humana nas fábricas. Naquela época, muitas crianças pobres desejavam ser sacerdotes para tornarem-se ricas e ajudarem a família. Mas, para João Bosco, a vontade de ser padre era para poder cuidar das pessoas, especialmente dos mais jovens. “Quando crescer quero ser sacerdote para tomar conta dos meninos. Os meninos são bons; se há meninos maus é porque não há quem cuide deles”, dizia o pequeno João Bosco, que, desde cedo, já tinha um chamado à vocação.
Mas seu pai morreu cedo com doze anos de idade; e sua mãe era analfabeta. Sua região, Turim – que fica ao norte da Itália – passava por um período de grave situação financeira. E, por isso, João Bosco teve de passar por inúmeras dificuldades. Foi obrigado a mendigar para manter os estudos. Para ajudar o irmão, foi costureiro, sapateiro, ferreiro, carpinteiro e, ainda nos tempos livres, estudava música.
Apesar de todas as dificuldades, a vontade de ser sacerdote falava mais alto ao seu coração. Como padre, também passou por situações difíceis. Para conseguir a permissão de fundar seuoratório – uma espécie de “obra social” que se ocupava de lazer, educação e catequese - em honra de São Francisco de Sales, fez como São Francisco de Assis e foi até o papa, na época, Pio IX, que o recebeu com muita estima e apreço. Surgiu ainda a congregação dos Salesianos, por volta de 1860 – que passaram a se dedicar também aos colégios e escolas católicas para crianças e jovens. Mas os bons propósitos de São João Bosco não eram suficientes para mostrar, mesmo dentro da Igreja, sua real intenção. Ele teve de enfrentar inúmeras perseguições, até eclesiásticas. Foi, entre outras coisas, chamado de louco.
Dom Bosco foi, acima de tudo, alguém que fez de sua caminhada uma luta constante pela conversão da juventude. Ele soube transmitir a fé católica falando das injustiças. Dedicou-se pelo bem-estar de muitos jovens, na maioria órfãos, que vinham do campo para a cidade em busca de emprego e acabavam sendo explorados por empregadores interessados em mão-de-obra barata ou jovens que viviam nas ruas passando fome e convivendo com o crime.
Bom Bosco, além de santo intercessor da juventude, é padroeiro de Brasília, a capital federal, por conta de um sonho que tivera em que via um lugar de riqueza perto de um lago, entre os paralelos 15 e 20 do hemisfério sul.
 Leia a carta de D. Bosco aos jovens:
” Caros jovens,
O demônio tem normalmente duas artimanhas principais para afastar da virtude os jovens. A primeira consiste em persuadi-los de que no serviço de Deus existe uma vida triste sem nenhum divertimento nem prazer. Mas isto não é verdade, meus caros jovens. Eu vou lhes indicar um plano de vida cristã que poderá mantê-los alegres e contentes, fazendo-os conhecer ao mesmo tempo quais são os verdadeiros divertimentos e os verdadeiros prazeres, para que vocês possam exclamar com o santo profeta Davi: “Sirvamos ao Senhor na santa alegria”.
A segunda artimanha do demônio consiste em fazê-lo conceber uma falsa esperança duma longa vida que permite converter-se na velhice ou na hora da morte. Prestem atenção, meus caros jovens, muitos se deixaram perder por esta mentira. Quem nos garante que chegaremos à velhice? Se se tratasse de fazer um pacto com a morte e de esperar até então… Mas a vida e a morte estão entras as mãos de Deus que dispõe de tudo a seu bel prazer.
E mesmo se Deus lhe concedesse uma longa vida, escutai, entretanto, sua advertência: “o caminho do homem começa na juventude, ele o segue na velhice até a morte”. Ou seja, se, jovens, começamos uma vida exemplar, seremos exemplares na idade adulta, nossa morte será santa e nos fará entrar na felicidade eterna. Se, pelo contrário, os vícios começam a nos dominar desde a juventude, é muito provável que eles nos manterão em escravidão toda a nossa vida até a morte, triste prelúdio a uma eternidade terrível. Para que esta infelicidade não lhes aconteça, eu lhes apresento um método, vida alegre e fácil, mas que lhes bastará para se tornarem a consolação de seus pais, a honra de pátria de vocês, bons cidadãos da Terra, em seguida felizes habitantes do céu…
Meus caros jovens, eu os amo de todo o meu coração e basta-me que vocês sejam jovens para que eu os ame extraordinariamente. Eu lhes garanto que vocês encontrarão livros que lhes foram dirigidos por pessoas mais virtuosas e mais sábias que eu em muitos pontos, mas dificilmente vocês poderão encontrar algum que os ame mais que eu em Jesus Cristo e deseja mais felicidade para vocês.
Conservem no coração o tesouro da virtude, porque possuindo-o vocês têm tudo, mas se o perderem, vocês se tornarão os homens mais infelizes do mundo. Que o Senhor esteja sempre com vocês e que Ele lhes conceda seguir os simples conselhos presentes, para que vocês possam aumentar a glória de Deus e obter a salvação da alma, fim supremo para o qual fomos criados. Que o Céu lhes dê longos anos de vida feliz e que o santo temor de Deus seja sempre a grande riqueza que os cumule de bens celestes aqui e por toda a eternidade ” (São João Bosco).
Confira algumas frases famosas de D. Bosco:
“Basta que sejam jovens para que eu vos ame”,
“Prometi a Deus que até meu último suspiro seria para os jovens”,
“O que somos é presente de Deus; no que nos transformamos é o nosso presente a Ele”,
“Ganhai o coração dos jovens por meio do amor”,
“A música dos jovens se escuta com o coração, não com os ouvidos”.

FONTE: www.jovensconectados.org.br

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Eleita nova coordenação da JM no Amapá


Jovens do Estado do Amapá realizaram ontem, 26 de janeiro, uma celebração em ação de graças pelo aniversário de dois anos da Juventude Missionaria no estado. Logo após, foi realizada a eleição dos novos coordenadores estaduais, Regilane Dias e Angley Pantoja.

Parabéns Regilane, minha querida amiga, e a você também Angley...
Abçs.. Valdir Junior..

FONTE: jmissionaria.blogspot.com.br

Vaticano reconhece virtudes heroicas de irmã brasileira



Mais uma brasileira teve suas virtudes heroicas reconhecidas pelo Vaticano: Serva de Deus Serafina. Em audiência com o prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, Cardeal Angelo Amato, nesta segunda-feira, 27, Papa Francisco autorizou a promulgação de alguns decretos, dentre eles, o referente à religiosa.
A Serva de Deus Serafina, na época Noemy Cinque, era irmã professa da Congregação das Irmãs Adoradoras do Sangue de Cristo. Nascida em Urucurituba (AM) em 31 de janeiro de 1913, ela morreu em Manaus (AM) em 21 de outubro de 1988.
Também foram autorizados os seguintes decretos:
- o martírio do Servo de Deus Pietro Asúa Mendía, sacerdote diocesano; nascido em Valmaseda (Vizcaya, Espanha) em 30 de agosto de 1890 e morto, por motivo de ódio à fé, em Liendo (Santander, Espanha) em 29 de agosto de 1936;
- as virtudes heroicas do Servo de Deus Giuseppe Girelli, sacerdote diocesano; nascido em Dossobuono (Verona, Itália) em 10 de janeiro de 1886 e morto em Negrar (Verona, Itália) em 1º de maio de 1978;
- as virtudes heroicas do Servo de Deus Zaccaria de Santa Teresa (na época: Zaccaria Salteráin Vizcarra), sacerdote professo da Ordem dos Carmelitas Descalços; nascido em Abadiano (Vizcaya, Espanha) em 5 de novembro de 1887 e morto em Vellore (Tamil Nadu, Índia) em 23 de maio de 1957;
- as virtudes heroicas da Serva de Deus Marcella Mallet, fundadora das Irmãs da Caridade de Quebec; nascida em Côte des-Neiges (Montréal, Canadá) em 26 de março de 1805 e morta em Quebec (Canadá) em 9 de abril de 1871;
- as virtudes heroicas da Serva de Deus Maria Benedita Arias, fundadora das Irmãs Servas de Jesus no Sacramento; nascida em La Carlota de Rio Quarto (Córdova, Argentina) em 3 de abril de 1822 e morta em Buenos Aires (Argentina) em 25 de setembro de 1894;
- as virtudes heroicas da Serva de Deus Margherita do Sagrado Coração de Jesus (na época: Virginia De Brincat), fundadora das Irmãs Franciscanas do Coração de Jesus; nascida em Kercem, na Ilha de Gozo (Malta) em 28 de novembro de 1862 e morta em Vitória, na Ilha de Gozo (Malta) em 22 de janeiro de 1952;
- as virtudes heroicas da Serva de Deus Elisabetta Sanna, viúva leiga, terceira professa da Ordem dos Mínimos de São Francisco, da Sociedade da União do Apostolado Católico (Palotinos) fundado por São Vicente Pallotti; nascida em Codrongianos (Sassari, Italia) em 23 de abril de 1788 e morta em Roma em 17 de fevereiro de 1857.
FONTE: noticiascatolicas.com.br

Angelus: Não ceder à tentação de construir recintos. A Boa Nova deve ser comunicada a todos


Milhares de fiéis se reuniram este domingo, na Praça S. Pedro, para rezar o Angelus com o Papa Francisco. Na alocução que precedeu a oração mariana, o Pontífice comentou o Evangelho deste domingo, que narra o início da vida pública de Jesus nas cidades e nos vilarejos da Galileia. A sua missão não parte de Jerusalém, ou seja, centro religioso, social e político, mas de uma região periférica, desprezada pelos judeus mais ortodoxos, devido à presença naquela região de diversas populações estrangeiras, indicada por Isaías como «Galileia dos gentios» (Is 8,23).
Era uma terra de fronteira, uma região de trânsito onde se encontravam pessoas de diferentes raças, culturas e religiões. Por isso, se tornou um lugar simbólico para a abertura do Evangelho a todos os povos.

Deste ponto de vista, disse o Papa, a Galileia se parece com o mundo de hoje. Também nós somos imergidos a cada dia numa “Galileia dos gentios”, e neste tipo de contexto podemos nos assustar e ceder à tentação de construir recintos para estar mais seguros, mais protegidos. Mas Jesus nos ensina que a Boa Nova não é reservada a uma parte da humanidade, deve ser comunicada a todos.

Partindo da Galileia, prosseguiu o Pontífice, Jesus nos ensina que ninguém está excluído da salvação de Deus, ou melhor, que Deus prefere partir da periferia, dos últimos, para alcançar a todos. A missão não começa somente de um lugar descentralizado, mas também de homens “mais simples”. Para escolher os seus primeiros discípulos e futuros apóstolos, Jesus não se dirigiu às escolas dos escribas e dos doutores da Lei, mas às pessoas humildes e simples, como os pescadores. Ao ouvirem o chamado, seguiram Jesus imediatamente.

Queridos amigos e amigas, o Senhor chama também hoje! Passa pelas ruas da nossa vida cotidiana; nos chama a ir com Ele, a trabalhar com Ele pelo Reino de Deus, nas “Galileias” do nosso tempo. E se algum de vocês ouvir o Senhor que diz “siga-me”, seja corajoso, vai com o Senhor. Ele jamais decepciona. Sintam no coração se os chama. Deixemo-nos alcançar pelo seu olhar, pela sua voz, e seguimo-Lo, para que a alegria do Evangelho chegue até aos confins da terra e nenhuma periferia fique sem a sua luz.

Ao saudar os grupos presentes na Praça, recordou que nos próximo dias os povos orientais celebrarão o Ano Novo lunar. Aos milhões de pessoas que vivem no Extremo Oriente ou espalhadas em várias partes do mundo, entre os quais chineses, coreanos e vietnamitas, “a todos eles desejo uma existência repleta de alegria e de esperança”, disse o Papa.

Ao ver tantas crianças na Praça, o Pontífice pediu orações por um menino de três anos, Cocò (Nicola) Campolongo que morreu carbonizado uma semana atrás, com outras duas pessoas (seu avô e companheira) dentro de um carro, na localidade de Cassano allo Jonio, na província de Cosenza (Calábria), num ajuste de contas da máfia local. “Esta brutalidade contra uma criança tão pequena parece não ter precedentes na história da criminalidade. Rezemos com Cocò, que certamente está com Jesus no céu, e pelas pessoas que cometeram este crime, para que se arrependam e se convertam ao Senhor”.

Com dois jovens a seu lado, Francisco saudou também os membros da Ação Católica da Diocese de Roma, que concluíram a iniciativa “Caravana da Paz”. Depois da leitura de uma mensagem de agradecimento ao Santo Padre, os jovens soltaram duas pombas, como símbolo de paz.

FONTE: www.pom.org.b

Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações


O Pontifício Conselho para as Comunicações divulgou hoje, 23, a mensagem do papa Francisco para o 48º Dia Mundial das Comunicações Sociais, a ser celebrado em 1º de julho. O texto traz como tema "Comunicação a serviço de uma autêntica cultura do encontro".
O papa reconhece a importância dos meios de comunicação e novas mídias sociais digitais. " Podem ajudar a sentir-nos mais próximo uns dos outros; a fazer-nos perceber um renovado sentido de unidade da família humana", afirma. Porém, faz um alerta para que as redes não sejam usadas para o isolamento social. "O próprio mundo dos mass media não pode alhear-se da solicitude pela humanidade, chamado como é a exprimir ternura. A rede digital pode ser um lugar rico de humanidade: não uma rede de fios, mas de pessoas humanas", acrescenta o papa.
Confira a íntegra do texto:
Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais
48º DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS
Comunicação ao serviço de uma autêntica cultura do encontro
1 de Junho de 2014
Mensagem do Santo Padre Francisco
Queridos irmãos e irmãs, Hoje vivemos num mundo que está a tornar-se cada vez menor, parecendo, por isso mesmo, que deveria ser mais fácil fazer-se próximo uns dos outros. Os progressos dos transportes e das tecnologias de comunicação deixam-nos mais próximo, interligando-nos sempre mais, e a globalização faz-nos mais interdependentes. Todavia, dentro da humanidade, permanecem divisões, e às vezes muito acentuadas. A nível global, vemos a distância escandalosa que existe entre o luxo dos mais ricos e a miséria dos mais pobres. Frequentemente, basta passar pelas estradas duma cidade para ver o contraste entre os que vivem nos passeios e as luzes brilhantes das lojas. Estamos já tão habituados a tudo isso que nem nos impressiona. O mundo sofre de múltiplas formas de exclusão, marginalização e pobreza, como também de conflitos para os quais convergem causas econômicas, políticas, ideológicas e até mesmo, infelizmente, religiosas.
Neste mundo, os mass-media podem ajudar a sentir-nos mais próximo uns dos outros; a fazer-nos perceber um renovado sentido de unidade da família humana, que impele à solidariedade e a um compromisso sério para uma vida mais digna. Uma boa comunicação ajuda-nos a estar mais perto e a conhecer-nos melhor entre nós, a ser mais unidos. Os muros que nos dividem só podem ser superados, se estivermos prontos a ouvir e a aprender uns dos outros. Precisamos de harmonizar as diferenças por meio de formas de diálogo, que nos permitam crescer na compreensão e no respeito. A cultura do encontro requer que estejamos dispostos não só a dar, mas também a receber de outros.
Os mass-media podem ajudar-nos nisso, especialmente nos nossos dias em que as redes da comunicação humana atingiram progressos sem precedentes. Particularmente a internet pode oferecer maiores possibilidades de encontro e de solidariedade entre todos; e isto é uma coisa boa, é um dom de Deus. No entanto, existem aspectos problemáticos: a velocidade da informação supera a nossa capacidade de reflexão e discernimento, e não permite uma expressão equilibrada e correta de si mesmo. A variedade das opiniões expressas pode ser sentida como riqueza, mas é possível também fechar-se numa esfera de informações que correspondem apenas às nossas expectativas e às nossas ideias, ou mesmo a determinados interesses políticos e económicos. O ambiente de comunicação pode ajudar-nos a crescer ou, pelo contrário, desorientar-nos.
O desejo de conexão digital pode acabar por nos isolar do nosso próximo, de quem está mais perto de nós. Sem esquecer que a pessoa que, pelas mais diversas razões, não tem acesso aos meios de comunicação social corre o risco de ser excluído. Estes limites são reais, mas não justificam uma rejeição dos mass-media; antes, recordam-nos que, em última análise, a comunicação é uma conquista mais humana que tecnológica. Portanto haverá alguma coisa, no ambiente digital, que nos ajuda a crescer em humanidade e na compreensão recíproca? Devemos, por exemplo, recuperar um certo sentido de pausa e calma. Isto requer tempo e capacidade de fazer silêncio para escutar.
Temos necessidade também de ser pacientes, se quisermos compreender aqueles que são diferentes de nós: uma pessoa expressa-se plenamente a si mesma, não quando é simplesmente tolerada, mas quando sabe que é verdadeiramente acolhida. Se estamos verdadeiramente desejosos de escutar os outros, então aprenderemos a ver o mundo com olhos diferentes e a apreciar a experiência humana tal como se manifesta nas várias culturas e tradições. Entretanto saberemos apreciar melhor também os grandes valores inspirados pelo Cristianismo, como, por exemplo, a visão do ser humano como pessoa, o matrimônio e a família, a distinção entre esfera religiosa e esfera política, os princípios de solidariedade e subsidiariedade, entre outros.
Então, como pode a comunicação estar ao serviço de uma autêntica cultura do encontro? E - para nós, discípulos do Senhor - que significa, segundo o Evangelho, encontrar uma pessoa? Como é possível, apesar de todas as nossas limitações e pecados, ser verdadeiramente próximo aos outros? Estas perguntas resumem-se naquela que, um dia, um escriba - isto é, um comunicador - pôs a Jesus: «E quem é o meu próximo?» (Lc 10, 29 ).
Esta pergunta ajuda-nos a compreender a comunicação em termos de proximidade. Poderíamos traduzi-la assim: Como se manifesta a «proximidade» no uso dos meios de comunicação e no novo ambiente criado pelas tecnologias digitais? Encontro resposta na parábola do bom samaritano, que é também uma parábola do comunicador. Na realidade, quem comunica faz-se próximo. E o bom samaritano não só se faz próximo, mas cuida do homem que encontra quase morto ao lado da estrada. Jesus inverte a perspectiva: não se trata de reconhecer o outro como um meu semelhante, mas da minha capacidade para me fazer semelhante ao outro.
Por isso, comunicar significa tomar consciência de que somos humanos, filhos de Deus. Apraz-me definir este poder da comunicação como «proximidade». Quando a comunicação tem como fim predominante induzir ao consumo ou à manipulação das pessoas, encontramo-nos perante uma agressão violenta como a que sofreu o homem espancado pelos assaltantes e abandonado na estrada, como lemos na parábola. Naquele homem, o levita e o sacerdote não vêem um seu próximo, mas um estranho de quem era melhor manter a distância. Naquele tempo, eram condicionados pelas regras da pureza ritual.
Hoje, corremos o risco de que alguns mass-media nos condicionem até ao ponto de fazer-nos ignorar o nosso próximo real. Não basta circular pelas «estradas» digitais, isto é, simplesmente estar conectados: é necessário que a conexão seja acompanhada pelo encontro verdadeiro. Não podemos viver sozinhos, fechados em nós mesmos. Precisamos de amar e ser amados. Precisamos de ternura. Não são as estratégias comunicativas que garantem a beleza, a bondade e a verdade da comunicação. O próprio mundo dos mass-media não pode alhear-se da solicitude pela humanidade, chamado como é a exprimir ternura. A rede digital pode ser um lugar rico de humanidade: não uma rede de fios, mas de pessoas humanas.
A neutralidade dos mass-media é só aparente: só pode constituir um ponto de referimento quem comunica colocando-se a si mesmo em jogo. O envolvimento pessoal é a própria raiz da fiabilidade dum comunicador. É por isso mesmo que o testemunho cristão pode, graças à rede, alcançar as periferias existenciais. Tenho-o repetido já diversas vezes: entre uma Igreja acidentada que sai pela estrada e uma Igreja doente de auto-referencialidade, não hesito em preferir a primeira.
E quando falo de estrada penso nas estradas do mundo onde as pessoas vivem: é lá que as podemos, efetiva e afetivamente, alcançar. Entre estas estradas estão também as digitais, congestionadas de humanidade, muitas vezes ferida: homens e mulheres que procuram uma salvação ou uma esperança. Também graças à rede, pode a mensagem cristã viajar «até aos confins do mundo» (Act 1, 8). Abrir as portas das igrejas significa também abri-las no ambiente digital, seja para que as pessoas entrem, independentemente da condição de vida em que se encontrem, seja para que o Evangelho possa cruzar o limiar do templo e sair ao encontro de todos. Somos chamados a testemunhar uma Igreja que seja casa de todos.
Seremos nós capazes de comunicar o rosto duma Igreja assim? A comunicação concorre para dar forma à vocação missionária de toda a Igreja, e as redes sociais são, hoje, um dos lugares onde viver esta vocação de redescobrir a beleza da fé, a beleza do encontro com Cristo. Inclusive no contexto da comunicação, é precisa uma Igreja que consiga levar calor, inflamar o coração. O testemunho cristão não se faz com o bombardeio de mensagens religiosas, mas com a vontade de se doar aos outros «através da disponibilidade para se deixar envolver, pacientemente e com respeito, nas suas questões e nas suas dúvidas, no caminho de busca da verdade e do sentido da existência humana (Bento XVI, Mensagem para o XLVII Dia Mundial das Comunicações Sociais, 2013). Pensemos no episódio dos discípulos de Emaús. É preciso saber-se inserir no diálogo com os homens e mulheres de hoje, para compreender os seus anseios, dúvidas, esperanças, e oferecer-lhes o Evangelho, isto é, Jesus Cristo, Deus feito homem, que morreu e ressuscitou para nos libertar do pecado e da morte.
O desafio requer profundidade, atenção à vida, sensibilidade espiritual. Dialogar significa estar convencido de que o outro tem algo de bom para dizer, dar espaço ao seu ponto de vista, às suas propostas. Dialogar não significa renunciar às próprias ideias e tradições, mas à pretensão de que sejam únicas e absolutas. Possa servir-nos de guia o ícone do bom samaritano, que liga as feridas do homem espancado, deitando nelas azeite e vinho. A nossa comunicação seja azeite perfumado pela dor e vinho bom pela alegria.
A nossa luminosidade não derive de truques ou efeitos especiais, mas de nos fazermos próximo, com amor, com ternura, de quem encontramos ferido pelo caminho. Não tenhais medo de vos fazerdes cidadãos do ambiente digital. É importante a atenção e a presença da Igreja no mundo da comunicação, para dialogar com o homem de hoje e levá-lo ao encontro com Cristo: uma Igreja companheira de estrada sabe pôr-se a caminho com todos. Neste contexto, a revolução nos meios de comunicação e de informação são um grande e apaixonante desafio que requer energias frescas e uma imaginação nova para transmitir aos outros a beleza de Deus.
Vaticano, 24 de Janeiro - Memória de São Francisco de Sales - do ano 2014.
FRANCISCUS

FONTE: www.pom.org.br